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CUMARU, TONKA (Dipteryx odorata)

Nome comercial

Cumaru, Tonka

Nome científico (autor)

Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.

Família

Fabaceae

Nomes comuns

Almendro, ebo (América central); almendrillo, coumarou (Bolivia); cumaru, cumaru-ferro, cumarurana, champanha, gayac, cuamara, cumaru amarelo (Brasil); charapilla, sarrapia, almendro; tonka boon (Colombia); tonka bean, kumaru (Guyana); Gaiac de cayenne, tonka (Guiana Francesa); shihuahuaco, charapilla, shihyahuaco amarillo, kumarut (Peru); tonka, koemaroe (Suriname); sarrapia (Venezuela).

Nome científico sinônimo (autor

Coumarouna odorata Aubl.; Coumarouna micrantha (Harms) Ducke; Coumarouna odorata Aubl.

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Descrição botânica

Esta espécie arbórea atinge dimensões próximas a 40 m de altura e 150 cm de DAP (diâmetro à altura do peito), na idade adulta. Tronco: é reto e cilíndrico, e proporcionalmente menor que a copa. Apresenta algumas protuberâncias e sapopemas de até 1 m de altura. O fuste mede até 20 m de comprimento. Ramificação: é dicotômica. A copa é elegante e frondosa, com ramificação abundante. Os galhos apresentam crescimento ascendente. Casca: mede até 3 cm de espessura. A casca externa ou ritidoma apresenta superfície áspera, de cor pardo-amarelada-escura. A casca morta se desprende em placas irregulares, formadas por uma só lâmina dura, de consistência rígida. A casca interna é amarelada, escurecendo ao ser exposta; laminar a fibrosa, veteado de cor roxa em fileiras irregulares, de sabor adstringente e sem exsudações. Folhas: são compostas, imparipinadas e alternas; medindo de 15 cm a 20 cm de comprimento, incluindo o pecíolo; a raque se projeta sem folíolos na zona apical; os folíolos apresentam de três a quatro pares subopostos; as lâminas dos folíolos medem de 7 cm a 12 cm de comprimento por 4 cm a 6 cm de largura, têm forma ovada-lanceolada, com pontos translúcidos, margem inteira, ápice acuminado e base redonda. Inflorescência: apresentam-se em panículas terminais ferrugíneo-pubescentes, medindo de 15 cm a 30 cm de comprimento, com 80 a 120 flores perfumadas. Flores: são hermafroditas, aromáticas, pequenas, zigomorfas, com perianto rosado e curtamente pediceladas. Fruto: é do tipo legume drupáceo e ovalado, lenhoso, com endocarpo tardiamente deiscente após a decomposição do mesocarpo, medindo de 5 cm a 6,5 cm de comprimento por 3,5 cm de largura, com uma só semente. Na Amazônia, essa espécie começa a produção de frutos aos 4 ou 5 anos de idade. Semente: com cotilédones retos, de cor marrom, medindo 3 cm de comprimento por 1 cm de largura.

Habitat natural

É relatada como uma espécie da fase final de sucessão considerada clímax ou clímax exigente em luz. Geralmente encontrada no interior da floresta primária, onde é árvore emergente. Essa espécie é de vida longa. O cumaru-ferro é uma espécie esciófila, que não tolera baixas temperaturas. Em plantios no Acre e no Amazonas, essa espécie apresentou melhor comportamento com maiores alturas e diâmetros a pleno sol. Contudo, pode ser consorciada, atuando como planta sombreadora.

Meses de floração e frutificação

Floração: de agosto a outubro, no Pará, de setembro a outubro, no Amazonas, e em dezembro, em Pernambuco. Frutificação: frutos maduros ocorrem de abril a julho, no Pará. Frutifica precocemente, aos 4 anos de idade.

Meses de floração

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.

Meses de frutificação

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.
Facilidade de regeneração

Sistema sexual: Dipteryx odorata é uma espécie hermafrodita. Vetor de polinização: essencialmente diversas espécies de abelhas. Dispersão de frutos e sementes: é notadamente barocórica (por gravidade), em função de seu peso. Contudo, podem também ser dispersos por roedores e por morcegos.

Distribuição natural

No Brasil ocorre no Acre, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia. Dipteryx odorata ocorre na Bolivia, na Colombia, na Guiana, na Guiana Francesa, em Honduras, no Peru e na Venezuela.

Existência de plantações?

Também é cultivada em muitos países por suas feijão que são usados para dar sabor.

Usos locais da madeira

Madeira serrada e roliça: por ser muito densa e de propriedades físico-mecânicas altas a médias, a madeira de cumaru-ferro pode ser usada em construção civil, como vigas, caibros, ripas, tacos e tábuas para assoalhos; pode ser usada ainda em artigos laminados decorativos, em parquetes, molduras, móveis, torneados, carroçaria, carpintaria, marcenaria, tanoaria, estacas, esteios, macetas, mancais, cabos de ferramentas, batentes de portas, buchas de eixo de hélices de embarcações, eixos de moinhos e outros.

Usos não madeiravéis

Medicinal, artesanato e de forma alimentícia.

  • Foto da árvore
  • Fotos de Flores ou Frutos
  • Foto da casca
Para mais informações
MAPA DE DISTRIBUÇÃO NATURAL (PUNTO VERMELHO = PRODUTOR FLORESTAL CERTIFICADO)
Productor florestal certificado
Forestal Otorongo S.A.C.
Para mais informações

IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA

Descrição anatômica da madeira (macro e micro)

Parênquima axial: paratraqueal aliforme de extensão losangular, ocasionalmente formando pequenas confluências; seriado, comumente de 2 a 4 células por série, cristais romboidais em séres cristalíferas, ocasionalmente presentes; estratificado. Poros/Vasos: solitários ligeiramente predominantes (59%), geminados (23%) e ainda múltiplos de 3 a 6 poros (18%); numerosos predominantes (67%), de 5 a 21 poros por mm2, médios predominantes (67%), de 65 a 140 μm de diâmetro tangencial, média de 110 μm. Óleo-resina escuro presente, elementos vasculares curtos predominantes (75%), de 0,28 a 0,37 mm de comprimento, média de 0,32 mm Pontuações intervasculares alternadas, ovaladas, abertura inclusa e guarnecida, pequenas (84%), de 5 a 8 um de diâmetro tangencial, média de 6 μm. Placa de perfuração simples e horizontal. Raios unisseriados predominantes (90%), localmente bi ou trisseriados (10%), extremamente baixos, de 0,11 a 0,26 mm de altura, média de 0,20 mm, de 4 a 13 células de altura; muito numerosos (98%), de 10 a 16 raios por mm; homocelulares, pontuações radiovasculares semelhantes às intervasculares, estratificados. Fibras libriformes, curtas predominantes (67%), de 0,58 a 1,40 mm de comprimento, média de 1,09 mm, estreitas, de 13 a 22 μm de largura, média de 18 μm, muito espessas predominantemente (80%), espessas (20%). Camadas de crescimento ligeiramente demarcadas por fibras de paredes mais espessas.

  • Foto do topo da tora recém cortada
  • Foto de madeira macroscópica (transversal)
  • Foto de madeira macroscópica (radial)
  • Foto de madeira macroscópica (tangencial)
Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

DISPONIBILIDADE

Situação CITES sobre a proteção

Unrestricted

Productores florestais certificados

bozovich

DESCRIÇÃO GERAL DA MADEIRA

Odor ou Cheiro

Imperceptível

Cor

Castanho claro amarelado a marrom

Indice de cor

4

Grã

Revessa

Veios ou desenhos na superfície

textura médio a grossa.

Brilho

Moderado

DURABILIDADE NATURAL

Cerne com alta resistência ao ataque de fungos e cupins. Em ensaio de campo (estacas) foi registrada durabilidade de 12 anos.

Indice de durabilidade natural

2

Tratamento preservativo

Cerne impermeável ao tratamento preservante, mesmo sob pressão.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 505 - Sapucaia. Disponível em: http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=73

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA

Densidade básica (Peso seco/Volume saturado) (g/cm³)

0.91 (605)

Densidade seca ao ar 12% (g/cm³)

1.09 (605)

Contração Tangencial Normal (Saturado até 12%) (%)

5.0 (519)

Contração Tangencial Total (Saturado até peso seco) (%)

8.2 (605)

Contração Radial Normal (Saturado até 12%) (%)

3.8 (519)

Contração Radial Total (Saturado até peso seco) (%)

5.3 (605)

Contração Volumétrica Normal (Saturado até 12%) (%)

8.8 (519)

Contração Volumétrica Total (Saturado até peso seco) (%)

13.6 (605)

Defeitos causados pela secagem

Relativamente fácil de secar ao ar, com pequena tendência a rachaduras superficiais e de topo; apresenta empenamento moderado.

Programa de secagem recomendável

A secagem artificial é lenta, porém praticamente isenta de defeitos. É sugerido um programa com Ti (temperatura inicial) = 40 a 45°C, Tf (temperatura final) = 60 a 65°C, e PS (potencial de secagem) = 2,0 a 2,5 (500). BR-A

Estabilidade dimensional (Contração Tangencial Total %/Contração Radial Total %)

1.5 (605)

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 605 - http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=10
  • 519 - Maderas comerciales en el Valle de Aburrá.

PROPRIEDADES QUÍMICAS DA MADEIRA

Extrativos_resinas_látex

As sementes desta espécie arbórea contêm um óleo essência aromático, amarelo-claro, perfumado, que se oxida rapidamente em contato com o ar. Esse óleo apresenta em sua composição a cumarina.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 478 - Comunicado técnico 225. Diptoryx odorata.

PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA

Resistência a flexão a 12% (Módulo de ruptura) (kgf/cm²)

1 780 (519)

Flexão Estática a 12% (Módulo de elasticidade) (kgf/cm²)

233 000 (519)

Resistência a compressão paralela as fibras a 12% (kgf/cm²)

942 (605)

Resistência a compressão perpendicular as fibras a 12% (kgf/cm²)

416 (519)

Cisalhamento radial a 12% (kgf/cm²)

179 (519)

Dureza Janka a 12% (perpendicular) (kgf)

1 497 (406)

Dureza Janka a 12% (paralela) (kgf)

1 286 (406)

Resistência a estração de pregos (lado) (kgf)

254 (519)

Resistência a extração de pregos (no topo) (kgf)

193 (519)

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 406 - Database of Tropical Industrial Lesser-Used Wood Species. ITTO Project PD 58-97 ("Nagoya Database")
  • 605 - http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=10
  • 519 - Maderas comerciales en el Valle de Aburrá.

TRABALHABILIDADE

Serrar ou Cortar

Madeira dura, requer equipamento adequado para o corte

Desdobro da tora em torno para lâminas

É referida como interessante para corte. Tratamentos térmicos recomendados.

Desgaste de ferramentas

A madeira tem um efeito de embotamento severo.

Aspectos do processamento em máquinas

Regular

Aplainamento

Regular

Furação

Excelente

Comportamento na aplicação de pregos

Difícil, requer furação prévia.

Lixamento

Excelente

Acabamento

Bom

Aplicação de verniz

Bom

Operação de lustre da superfície (brilho)

Bom

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 505 - Sapucaia. Disponível em: http://www.ipt.br/informacoes_madeiras3.php?madeira=73

USOS FINAIS RELATADOS

USOS FINAIS (RESUMO)

EXTERIOR, Pontes, Postes de energia, Postes para cercas, Cruzetas, Dormentes, CASAS, Vigas, Vigotas, Tábuas, Pisos, Parquets, Marcos de portas, Degraus de escada, Painéis, CHAPAS, Lâminas decorativas, PEÇAS TORNEADAS, Artigos torneados, Móveis torneados, Cabo de faca, FERRAMENTAS, Cabos de ferramentas, PALETES PARA EMBALAGENS, Caixotaria pesada, CAIXA GRANDE OU CONTAINER, Carroceria de caminhão, CONSTRUÇÃO NAVAL, Barcos, Pilar de sustentação para portos

EXTERIOR
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Pontes
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Postes de energia
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Postes para cercas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Cruzetas
  • 17 - Tree Conservation Database
Dormentes
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Vigas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Vigotas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Tábuas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Pisos
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Parquets
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Marcos de portas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Degraus de escada
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Painéis
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
CHAPAS
  • 138 - Grupamento de espécies tropicais da Amazônia por similaridade de caracteristicas básicas e por utilização.
Lâminas decorativas
  • 138 - Grupamento de espécies tropicais da Amazônia por similaridade de caracteristicas básicas e por utilização.
Artigos torneados
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Artigos torneados
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Cabo de faca
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
FERRAMENTAS
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Mangos herramientas
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
PALETES PARA EMBALAGENS
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Caixotaria pesada
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
CAIXA GRANDE OU CONTAINER
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Carroceria de caminhão
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras
Barcos
  • 138 - Grupamento de espécies tropicais da Amazônia por similaridade de caracteristicas básicas e por utilização.
Pilar de sustentação para portos
  • 147 - Manual de Identificação das Principais madeiras Comerciais Brasileiras

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