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GRAPIA/GARAPA/GARAPEIRA (Apuleia leiocarpa)

Nome comercial

Grapia/Garapa/Garapeira

Nome científico (autor)

Apuleia leiocarpa (J. Vogel) J. F. Macbr

Família

Fabaceae

Nomes comuns

Amarelinho, barajuba, garapeira, gema de ovo, grapiapunha, jataí-amarelo, muirajuba, muiratuá, garapa-branca, garapa-amarela, barapibo, cumarurana, muratuá (Brasil); grapia (Argentina); yvyra (Paraguay); amascapi (Peru).

Nome científico sinônimo (autor

Apoleya leiocarpa (Vogel) Gleason, Apoleya molaris (Spruce ex Benth.) Gleason, Apuleia ferrea (Mart.) Baill., Apuleia grazielana Afr.Fern., Apuleia leiocarpa var. molaris (Spruce ex Benth.) Koeppen, Apuleia molaris Spruce ex Benth., Apuleia praecox Mart., Dalbergia cucullata Pittier, Leptolobium leiocarpum Vogel, Platymiscium ellipticum Rusby, Zenkeria dalbergioides Arn., Zenkeria lundii F. Didr.

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Descrição botânica

Árvore com 25 a 30 m de altura e diâmetro de 60 a 100 cm. Tronco cilíndrico, geralmente um pouco tortuoso; as vezes forma sapopemas basais. Copa larga e muito ramificada, aplanada e não muito densa (6 a 8 m de diâmetro). Sua casca é fina, dura, de cor pardo-amarelada, que se desprende em placas rígidas em forma de conchas, deixando cicatrizes. Folhas alternas, compostas, imparipinadas, pecioladas, de 5 a 11 folíolos alternos e pequenos, de 8 a 15 cm de comprimento; de forma variável, de ovais a ovais-lanceoladas a elípticos ou ovado-oblongas, coriáceas, reticulados, com ponta roma, com base obtusa ou raramente arredondada, ápice agudo-acuminado, às vezes, emarginado; levemente pubescentes na parte inferior ou completamente glabros, com 7 - 9 nervuras secundárias. Flores masculinas e hermafroditas, na proporção de 3 por 1, são brancas, amarelas ou creme, pequenas com 5 a 8 mm de comprimento, com 3 pétalas, com ovário piloso, estreitamente ovado-oblongo; inflorescência terminal do tipo cima ou cimeira, contendo 25 a 35 flores de 3 a 8 cm de comprimento ou paniculadas, com 4 - 5 cm de comprimento, solitárias ou geminadas, sobre ramos desfolhados ou no início do enfolhamento, curtamente pedunculadas. Fruto é vagem oblonga ou ovado-oblonga, suborbicular, achatada, ligeiramente oblíqua, indeiscente, elíptica, de cor castanho-clara, levemente coriáceo, comprimido lateralmente, ápice e base aguda. Sementes com 4 a 8 mm de comprimento, por 2 mm de espessura, suborbicular, lisa, dura, oblonga, achatada, transversal, a cor varia do castanho-esverdeado a castanho-escuro.

Habitat natural

Esta árvore ocorre do Pará ao Rio Grande do Sul na Floresta latifoliada semidecidua, e do sul da Bahia ao Espírito Santo na Floresta Pluvial Atlântica, inclusive é encontrada na Argentina, Uruguai, Paraguay, Bolivia e Peru. Na região Amazônica verifica-se a presença de uma espécie (A. molaris Spruce) que é denominada de Muirajuba, Barajuba ou Muiratauá.

Meses de floração e frutificação

Floresce nos meses de agosto a novembro (conforme região que se encontra) com a planta totalmente despida de folhagens. Os frutos amadurecem nos meses de novembro a maio (conforme região), porém permanecem na árvore por muitos anos.

Meses de floração

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.

Meses de frutificação

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.
Facilidade de regeneração

É uma espécie pioneira indiferente à secundária tardia; apresenta regeneração abundante nas florestas secundárias, povoando com facilidade as capoeiras e roças abandonadas. As sementes são dispersas de forma anemocórica (vento) ou autocórica (própria planta).

Distribuição natural

Brasil nos estados da Amazônia, mata atlântica, Bahia, Espirito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grandedo Sul e São Paulo. No Uruguai, Argentina, Bolivia, Peru e Paraguay.

Usos locais da madeira

Na construção civil pesada em pontes, estacas, dormentes ferroviários, cruzetas, mourões e postes; na construção civil leve em vigas, caibros, caixilhos, guarnições, ripas, sarrafos, portas, venezianas, cordões, forros e rodapés; também utilizada em tacos, assoalhos, parquets, e degraus de escada. Para fabricação de móveis decorativos. Para cabos de ferramentas. Serve para fazer tonéis, carrocerias e na construção naval.

Usos não madeiravéis

A casca produz tanino para curtir couro.

Para mais informações
MAPA DE DISTRIBUÇÃO NATURAL (PUNTO VERMELHO = PRODUTOR FLORESTAL CERTIFICADO)
Productor florestal certificado
Compañía Industrial Maderera Ltda.
Para mais informações

IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA

Descrição anatômica da madeira (macro e micro)

Parênquima axial visível a olho nú, paratraqueal aliforme de extensão losangular e confluente, em trechos curtos, oblíquos, e também formando faixas tangenciais onduladas e irregulares. Raios visíveis apenas sob lente no topo e na face tangencial; finos; estratificados. Vasos visíveis a olho nú, pequenos e médios; porosidade difusa, solitários e múltiplos de 2 a 4; obstruídos por óleo resina e cristais. Camadas de crescimento distintas, ligeiramente individualizadas por zonas fibrosas tangencias mais escuras. Poros/Vasos pequenos médios com 70 a 145 µm de diâmetro tangencial; placa de perfuração simples e com pontoações em pares areoladas em disposição alterna, guarnecidas e grandes (10 a 12 µm de diâmetro). Raios heterocelulares pouco acentuados, bisseriados predominantes, e trisseriados. Fibras de paredes grossas, pontoações simples e septadas.

  • Foto de madeira macroscópica (transversal)
  • Foto de madeira macroscópica (radial)
  • Foto de madeira macroscópica (tangencial)
Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

DISPONIBILIDADE

Situação CITES sobre a proteção

Unrestricted

Productores florestais certificados

dekmabolivia

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

DESCRIÇÃO GERAL DA MADEIRA

Odor ou Cheiro

Imperceptível

Cor

Cerne e alburno distintos pela cor, cerne variando de bege-amarelado a castanho-amarelado ou róseo-acastanhado, e alburno branco-amarelado.

Indice de cor

5

Grã

Irregular para Revessa

Veios ou desenhos na superfície

Textura média

Brilho

Superfície lustrosa e lisa ao tato

DURABILIDADE NATURAL

O cerne apresenta resistência moderada ao ataque de fungos apodrecedores e baixa resistência ao cupim-de-madeira-seca. Em ensaio de laboratório esta madeira apresentou alta resistência aos fungos apodrecedores Glocophyllum trabum, Coriolus versicola, e Poria Monticola; porém em campo as estacas tiveram vida média de 9 anos.

Indice de durabilidade natural

4

Conteúdo de sílica

1

Óleos ou resinas

Sem interesse econômico

Tratamento preservativo

Apresenta baixa permeabilidade às soluções preservativas quando submetida à impregnação sob pressão.

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA

Densidade básica (Peso seco/Volume saturado) (g/cm³)

0.75

Densidade seca ao ar 12% (g/cm³)

0.88

Contração Tangencial Total (Saturado até peso seco) (%)

8.3

Contração Radial Total (Saturado até peso seco) (%)

4.1

Defeitos causados pela secagem

Secagem ao ar é difícil. Para minimizar defeitos, a secagem em secadores deve ser lenta e bem controlada. A secagem em estufa é muito rápida, apresentando pequena tendência ao encanoamento, arqueamento e torcimento médios.

Programa de secagem recomendável

Em British Schedule = C para p/25, 32 e 38 mm de espessuras.

Estabilidade dimensional (Contração Tangencial Total %/Contração Radial Total %)

2.0

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 317 - Dry kiln schedules for commercial woods. Temperate and tropical. Section V. African Woods–Conventional and Elevated Temperatures
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.
  • 406 - Database of Tropical Industrial Lesser-Used Wood Species. ITTO Project PD 58-97 ("Nagoya Database")

PROPRIEDADES QUÍMICAS DA MADEIRA

Propriedades para fazer papel

A. molaris, produz polpa para papel embalagem de características plenamente satisfatórias, e até mesmo, superiores às de Eucapyptus spp. A espécie leiocarpa não apresenta informações para este item.

Extrativos_resinas_látex

A casca chega a ter 24% de tanino, e tem utilidade no curtume, especialmente para curtir peles claras. Em folhas esta substância não é de quantidade significativa.

Bibliografia especializada (Deste ítem)

PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA

Resistência a flexão a 12% (Módulo de ruptura) (kgf/cm²)

1,272

Flexão Estática a 12% (Módulo de elasticidade) (kgf/cm²)

129,000

Resistência a compressão paralela as fibras a 12% (kgf/cm²)

644

Resistência a compressão perpendicular as fibras a 12% (kgf/cm²)

158

Cisalhamento radial a 12% (kgf/cm²)

131

Dureza Janka a 12% (perpendicular) (kgf)

745

Dureza Janka a 12% (paralela) (kgf)

845

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

TRABALHABILIDADE

Serrar ou Cortar

Fácil com ferramentas adequadas, quando úmida; porém seca torna-se mais difícil.

Desgaste de ferramentas

Madeira com sílica em sua composição, causa desgaste nas ferramentas

Aplainamento

Ruim

Torneamento

452

Comportamento na aplicação de pregos

Aceito prego

Colagem

Boa para colagem

Lixamento

Excelente

Acabamento

Superfície apresenta bom acabamento quando trabalhada com ferramentas corretas.

Trabalhabilidade com ferramentas manuais

Moderadamente dura ao corte manual

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
  • 451 - Madeiras Brasileiras - Vol. I
  • 47 - Arvores Brasileiras
  • 450 - Espécies Florestais Brasileiras - Recomendações silviculturais, potencialidades e usos da madeira (http://Informações%20gerais%20sobre%20espécies%20arbóreas%20e%20madeiras)
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

USOS FINAIS RELATADOS

USOS FINAIS (RESUMO)

EXTERIOR, Pontes, Postes de energia, Ripas para cercas, Cruzetas, Dormentes, CASAS, Vigas, Parquets, Marcos de portas, Degraus de escada, MÓVEIS GABINETES, Móveis torneados, INSTRUMENTOS ESPORTIVOS, Tacos, FERRAMENTAS, Cabos de ferramentas, CAIXA GRANDE OU CONTAINER, Carroceria de caminhão, CONSTRUÇÃO NAVAL

EXTERIOR
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Pontes
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Postes de energia
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Postes para cercas
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Cruzetas
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Dormentes
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
CASAS
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Vigas
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Parquets
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Marcos de portas
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
MÓVEIS GABINETES
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Torneamento
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Artigos torneados
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
INSTRUMENTOS ESPORTIVOS
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Tacos
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
FERRAMENTAS
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Mangos herramientas
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
CAIXA GRANDE OU CONTAINER
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
Carroceria de caminhão
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil
CONSTRUÇÃO NAVAL
  • 452 - Catálogo de Madeiras Brasileiras para a Construção Civil

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