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TIMBORANA (Piptadenia gonoacantha)

Nome comercial

Timborana

Nome científico (autor)

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr.

Família

Fabaceae

Nomes comuns

Pau-jacaré, angico-branco, monjoleiro, monjolo, icarapé, casco de jacaré (Brasil).

Nome científico sinônimo (autor

Acacia gonoacantha Mart, Piptadenia communis Benth, Piptadenia vulgaris Benth, Pityrocarpa gonoacantha (Mart.)Brenan.

DESCRIÇÃO DA ÁRVORE

Descrição botânica

Árvore levemente espinhenta, de 10 a 20 m de altura, com tronco de 30 a 40 cm de diâmetro. Tronco reto, normalmente tortuoso, com cristas aculeadas; fuste normalmente curto, ou com multitroncos. Ramos em formação cimosa, dicotômica, copa irregular, estreita, umbeliforme, com acúleos nos ramos finos. Os ramos e os troncos quando jovens possuem asas lenhosas longitudinais. Casca externa, com cristais lineares longitudinais, interligadas por outras menores transversais, áspera quando jovens, tornando-se rugosa ou fissurada com o envelhecimento. Folhas recompostas paripenadas com até 15 pares de folíolos, pecíolo caniculado com glândula verruciforme e deprimida no centro. Flores hermafroditas, amarelas-creme, pequenas, reunidas em inflorescências axilares, em espigas longas de até 9 cm de comprimento, solitárias ou em grupos, ou ainda em racimos no ápice. Fruto é um legumenão moniliforme, deiscente, coriáceo, seco, plano, com margem reta, pardo, com 8 a 15 cm de comprimento e 1,7 a 2,5 cm de largura, com 4 a 10 sementes. As sementes são de cor parda-amarelada, plana, lisa, ovalada, sem endosperma, não alada, medindo em média 9 mm de comprimento por 8 mm de largura.

Habitat natural

Planta semidecidua, heliófita e seletiva higrófita, de rara e descontínua dispersão na mata atlântica e na floresta semidecidua da bacia do Paraná. Nesse último habitat é particularmente frequente no estado de São Paulo em regiões de altitude compreendida entre 500-700 m. Ocorre quase exclusivamente em associações secundárias como capoeiras e capoeirões. Vegeta indistintamente em solos férteis e pobres, porém não existe no cerrado.

Meses de floração e frutificação

Floresce a partir do final de agosto, prolongando-se até março (conforme região). A maturação dos frutos ocorre durante os meses de maio a dezembro.

Meses de floração

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.

Meses de frutificação

  • Jan.
  • Feb.
  • Mar.
  • Apr.
  • May.
  • Jun.
  • Jul.
  • Aug.
  • Sep.
  • Oct.
  • Nov.
  • Dec.
Facilidade de regeneração

Como planta pioneira de rápido crescimento a secundária inicial, é indispensável nos reflorestamentos mistos destinados a recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. As sementes, normalmente se auto dispersam (autocóricas), ou pela ação do vento (anemocórica).

Distribuição natural

Ocorre em matas pluviais, desde o Piauí até o Rio Grande do Sul. No Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul até Santa Catarina, principalmente na floresta pluvial da encosta atlântica.

Usos locais da madeira

Usada em acabamentos internos, armação de móveis, miolo de portas, painéis, confecção de brinquedos e embalagens; na construção civil em vigamentos, caibro, forro, tabuado secundário. É uma das melhores madeiras para lenha e carvão, pois queima bem até verde.

Usos não madeiravéis

Casca fornece tanino para curtimento de couro.

IDENTIFICAÇÃO DA MADEIRA

Descrição anatômica da madeira (macro e micro)

Parênquima axial visível sob lente, paratraquetal vasicêntrico; aliforme de extensão losangular com aletas curtas e, ainda, o marginal. Poros/Vasos no lenho tardio são visíveis a olho nú e os do lenho precoce são visíveis sob lente, com tendência de formação de anéis porosos. Raios visíveis só sob lente no topo e na face longitudinal tangencial; na face radial o espelhado dos raios é pouco contrastado. Camadas de crescimento delimitadas pelo parênquima marginal e pelos anéis semi-porosos. Parênquima axial seriado, com 2 a 4 células por série; cristais de oxalato de cálcio em células subdivididas presentes. Poros/Vasos médios, com média de 163 µm de diâmetro tangencial; poucos, média de 4 poros por mm², vazios; elementos vasculares curtos, média de 350 µm de comprimento; placa de perfuração simples e horizontal; pontoações intervasculares areoladas, arredondadas e guarnecidas. Raios são poucos, média de 4 por mm, extremamente baixos, média de 0,38 mm de altura, e média de 26 células de altura; homocelulares multisseriados, bi e trisseriados predominantes, múltiplos de 4 e 5; pontoações radiovasculares semelhantes às intervasculares; pequenas, média de 6 µm de diâmetro tangencial; óleo-resina abundante. Fibras libriformes, septadas, muito curtas, média de 0,96 mm de comprimento, estreitas, média de 20 µm de largura e de paredes delgadas predominantes.

  • Foto de madeira macroscópica (transversal)
  • Foto de madeira macroscópica (radial)
  • Foto de madeira macroscópica (tangencial)
Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras

DISPONIBILIDADE

Situação CITES sobre a proteção

Unrestricted

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

DESCRIÇÃO GERAL DA MADEIRA

Odor ou Cheiro

Imperceptível

Cor

Cerne de cor clara, bege levemente rosado, o alburno não é diferenciado.

Indice de cor

5

Grã

Irregular

Veios ou desenhos na superfície

Textura grossa

Brilho

Ligeiramente lustrosa e lisa ao tato

DURABILIDADE NATURAL

Medianamente resistente ao ataque de organismos xilófagos.

Indice de durabilidade natural

4

Tratamento preservativo

Em ensaios de laboratório, em tratamentos sob pressão, demonstrou ser permeável às soluções preservantes.

Bibliografia especializada (Deste ítem)

PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA

Densidade básica (Peso seco/Volume saturado) (g/cm³)

0.74

Densidade seca ao ar 12% (g/cm³)

0.86

Contração Tangencial Total (Saturado até peso seco) (%)

7.3

Contração Radial Total (Saturado até peso seco) (%)

5.1

Estabilidade dimensional (Contração Tangencial Total %/Contração Radial Total %)

1.4

Bibliografia especializada (Deste ítem)

PROPRIEDADES QUÍMICAS DA MADEIRA

Poder calorífico (Kcal/kg)

4622 a 4962

Propriedades para fazer papel

Pode ser usada para fazer papel devido ao comprimento das fibras, e lignina com cinzas.

Extrativos_resinas_látex

Alta porcentagem de tanino na casca.

Bibliografia especializada (Deste ítem)

PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA

Resistência a flexão a 12% (Módulo de ruptura) (kgf/cm²)

1250

Flexão Estática a 12% (Módulo de elasticidade) (kgf/cm²)

133956

Resistência a compressão paralela as fibras a 12% (kgf/cm²)

757

Resistência a compressão perpendicular as fibras a 12% (kgf/cm²)

150

Cisalhamento radial a 12% (kgf/cm²)

153

Dureza Janka a 12% (perpendicular) (kgf)

882

Dureza Janka a 12% (paralela) (kgf)

860

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

TRABALHABILIDADE

Serrar ou Cortar

Dura para o corte

Aplainamento

Bom

Furação

Excelente

Lixamento

Bom a excelente

Bibliografia especializada (Deste ítem)
  • 454 - Fichas de Características das Madeiras Brasileiras
  • 502 - Physycal and mechanical properties of the Amazon wood species.

USOS FINAIS RELATADOS

USOS FINAIS (RESUMO)

CASAS, Vigas, Tábuas, Marcos de portas, Painéis, Acessórios de madeira, MÓVEIS GABINETES, PALETES PARA EMBALAGENS

CASAS
Vigas
Tábuas
Marcos de portas
Painéis
Acessórios de madeira
MÓVEIS GABINETES
PALETES PARA EMBALAGENS

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